
As bolsas mundiais sentiram o impacto das recentes tensões comerciais, especialmente após o anúncio de tarifas por Donald Trump. O Ibovespa encerrou a semana com uma queda de 3,52%, a maior desde dezembro de 2022.
Analistas recomendam cautela e atenção aos movimentos técnicos do Ibovespa, S&P500 e Nasdaq, que podem testar suportes críticos. No mercado de câmbio, o dólar deve permanecer volátil, acompanhando as tensões entre Estados Unidos e China. O ouro pode se destacar como um ativo defensivo.
O Nasdaq acumula uma baixa de quase 22% no ano, aproximando-se de um suporte importante nos 17.000 pontos. A perda desse nível pode levar o índice a testar os 14.000 pontos. O S&P500, por sua vez, recua 17,5% no ano, aproximando-se da região dos 5.000 pontos. A ruptura desse patamar pode acelerar a queda rumo aos 4.700 ou até mesmo 4.100 pontos.
Ao contrário das bolsas americanas, o Ibovespa ainda mantém uma tendência de alta no curto prazo, mesmo após ceder 2,96% na última sexta-feira. O índice testou a região dos 126.700 pontos, um ponto técnico relevante.
"Com o movimento de sexta-feira, o índice testou a região dos 126.700 pontos, que é uma retração de 61,8% de Fibonacci. Esse é um ponto técnico relevante, onde o Ibovespa tende a encontrar dificuldade para seguir a queda." disse Alex Carvalho, analista técnico da XP.
Alex Carvalho alerta que, caso o volume vendedor continue, o índice possui suportes em 125.500 e 122.500 pontos. A perda desses níveis pode indicar uma reversão de tendência.
O dólar futuro (DOLFUT) segue em faixa de lateralidade, com suporte principal em 5.590 pontos. O movimento de correção do dólar para cima foi acompanhado por aumento no volume comprador, alcançando 61,8% de retração de Fibonacci, na região dos 5.865 pontos.
"Se o dólar futuro (DOLFUT) conseguir romper a resistência em 5.900 pontos, o mercado deve mirar novos testes nas regiões de 5.950 e 6.020 pontos." completou Alex Carvalho.
A Petrobras (PETR4) está em uma região técnica decisiva, com a média móvel de 200 períodos como suporte crítico. A perda dessa região pode levar a uma correção mais profunda. O petróleo, influenciado pelas tensões geopolíticas e tarifas de Trump, teve queda de 7%, impactando as ações da Petrobras.
O ouro enfrentou uma reviravolta após o anúncio de tarifas, atingindo um recorde histórico de US$ 3.167,84 por onça, impulsionado por preocupações com uma possível guerra comercial global. Contudo, registrou uma queda de 2,4% na sexta-feira. Apesar disso, a tendência de alta no gráfico semanal do ouro é evidente.
*Reportagem produzida com auxílio de IA